Clan Glass Tower será inaugurado dia 1º de junho 2014

O Glass Business Tower, que recebeu aporte de R$ 40 milhões, 50% financiados pelo banco Sicoob, ficou pronto em 16 meses

Daniela Maciel

Clan HotéisNo dia 1º de junho devem chegar os primeiros hóspedes ao Glass Business Tower Hotel, no bairro funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Já apelidado de “Hotel da Indústria” ou “Hotel da Fiemg” (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), o empreendimento foi construído pela KTM Engenharia entre outubro de 2012 e fevereiro de 2014.

De acordo com o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, o hotel demandou aporte de R$ 40 milhões, sendo 50% financiados pelo banco Sicoob e o restante com recursos próprios. “O Glass é uma forma de aumentarmos o patrimônio da Fiemg. Uma avaliação feita pela Caixa Econômica Federal (Caixa) aponta que só o prédio vale R$ 70 milhões. Aproveitamos também a oportunidade que veio a propósito da Copa, quando a prefeitura passou a incentivar empreendimentos nessa região”, pontua Machado Junior.

Ao todo, 50 pessoas trabalharão no empreendimento de 13 andares, 132 suítes, 12 apartamentos especiais – adaptados com itens de acessibilidade – e três salas de reunião, além de restaurante, scotch bar e 100 vagas de garagem. Cerca de 200 operários trabalharam durante as obras. As diárias estão cotadas em R$ 449 – mais 5% de ISS – para o apartamento single, e R$ 519 – mais 5% de ISS – para o double.

O terreno de 1.200 metros quadrados, sendo 7.735 metros quadrados de área construída, tem localização privilegiada: uma das regiões mais cobiçadas da Capital para a instalação de empreendimentos imobiliários e hoteleiros. A área abrigava duas casas que pertenciam ao Serviço Social da Indústria de Minas Gerais (Sesi Minas) e que eram alugadas pela Fiemg. Para comprar o terreno, a Fiemg precisou pedir autorização ao Conselho Nacional, que impôs a realização de uma concorrência pública realizada em formato de leilão. “Tínhamos a preferência de compra, mas como surgiram dois concorrentes, o preço estimado de R$ 2,5 milhões subiu para R$ 4,5 milhões”, revela o presidente da Fiemg.

Com 7,5 mil colaboradores espalhados pelo Estado e a estimativa de que, entre 1% e 1,5%, circulem diariamente pela Capital, a lotação do hotel estaria garantida em cerca de 50% apenas com os funcionários da Fiemg. Já estão sendo estudadas formas de incentivo para os industriais que se hospedarem no hotel.

A administração ficou a cargo da Clan Administração de Hotéis. Segundo o diretor-presidente da administradora, Roberto Fagundes, as reservas já estão abertas. “A expectativa é de que a ocupação durante a Copa alcance 100%. Como 2014 é um ano atípico, os prazos para maturação do negócio devem ser diferentes. De qualquer forma esperamos que até o fim do ano já alcancemos a média de 60% de ocupação, índice comum do mercado”, afirma Fagundes.

Para o executivo, Belo Horizonte deve se beneficiar não apenas dos dias de jogos. A posição privilegiada da cidade entre Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo deve ser um diferencial. “ comum que os estrangeiros queiram aproveitar os dias entre jogos para viajar e conhecer mais o Brasil. Nossa posição é ideal, isso deve atrair turistas para a Capital e seu entorno. Cidades como Ouro Preto e outros atrativos como Inhotim, que são mundialmente conhecidos, devem atrair um bom número de visitantes”, analisa.