O Glass Business Tower, que recebeu aporte de R$ 40 milhões, 50% financiados pelo banco Sicoob, ficou pronto em 16 meses
No dia 1º de junho devem chegar os primeiros hóspedes ao Glass Business Tower Hotel, no bairro funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Já apelidado de “Hotel da Indústria” ou “Hotel da Fiemg” (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), o empreendimento foi construído pela KTM Engenharia entre outubro de 2012 e fevereiro de 2014.
De acordo com o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, o hotel demandou aporte de R$ 40 milhões, sendo 50% financiados pelo banco Sicoob e o restante com recursos próprios. “O Glass é uma forma de aumentarmos o patrimônio da Fiemg. Uma avaliação feita pela Caixa Econômica Federal (Caixa) aponta que só o prédio vale R$ 70 milhões. Aproveitamos também a oportunidade que veio a propósito da Copa, quando a prefeitura passou a incentivar empreendimentos nessa região”, pontua Machado Junior.
Ao todo, 50 pessoas trabalharão no empreendimento de 13 andares, 132 suítes, 12 apartamentos especiais – adaptados com itens de acessibilidade – e três salas de reunião, além de restaurante, scotch bar e 100 vagas de garagem. Cerca de 200 operários trabalharam durante as obras. As diárias estão cotadas em R$ 449 – mais 5% de ISS – para o apartamento single, e R$ 519 – mais 5% de ISS – para o double.
O terreno de 1.200 metros quadrados, sendo 7.735 metros quadrados de área construída, tem localização privilegiada: uma das regiões mais cobiçadas da Capital para a instalação de empreendimentos imobiliários e hoteleiros. A área abrigava duas casas que pertenciam ao Serviço Social da Indústria de Minas Gerais (Sesi Minas) e que eram alugadas pela Fiemg. Para comprar o terreno, a Fiemg precisou pedir autorização ao Conselho Nacional, que impôs a realização de uma concorrência pública realizada em formato de leilão. “Tínhamos a preferência de compra, mas como surgiram dois concorrentes, o preço estimado de R$ 2,5 milhões subiu para R$ 4,5 milhões”, revela o presidente da Fiemg.
Com 7,5 mil colaboradores espalhados pelo Estado e a estimativa de que, entre 1% e 1,5%, circulem diariamente pela Capital, a lotação do hotel estaria garantida em cerca de 50% apenas com os funcionários da Fiemg. Já estão sendo estudadas formas de incentivo para os industriais que se hospedarem no hotel.
A administração ficou a cargo da Clan Administração de Hotéis. Segundo o diretor-presidente da administradora, Roberto Fagundes, as reservas já estão abertas. “A expectativa é de que a ocupação durante a Copa alcance 100%. Como 2014 é um ano atípico, os prazos para maturação do negócio devem ser diferentes. De qualquer forma esperamos que até o fim do ano já alcancemos a média de 60% de ocupação, índice comum do mercado”, afirma Fagundes.
Para o executivo, Belo Horizonte deve se beneficiar não apenas dos dias de jogos. A posição privilegiada da cidade entre Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo deve ser um diferencial. “ comum que os estrangeiros queiram aproveitar os dias entre jogos para viajar e conhecer mais o Brasil. Nossa posição é ideal, isso deve atrair turistas para a Capital e seu entorno. Cidades como Ouro Preto e outros atrativos como Inhotim, que são mundialmente conhecidos, devem atrair um bom número de visitantes”, analisa.